Dois delegados da Polícia Federal do Rio de Janeiro morreram na madrugada desta quarta-feira (31/05) em Florianópolis após um desentendimento, no bairro Estreito. O crime teria acontecido em um bar localizado na rua Fulvio Aducci, por volta das 2h. De acordo com informações do Copom (Centro de Operações Policiais Militares), os dois delegados teriam chegado ao local de táxi. Um terceiro homem teria entrado logo em seguida, iniciando uma intensa troca de tiros.
O delegado Elias Escobar que atuou na delegacia da PF de Macaé morreu ainda no local. O outro delegado, identificado como Adriano Antônio Soares, de 47 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. O terceiro envolvido, também ferido pelos disparos, foi encaminhado para o Hospital Florianópolis, onde permanece internado.
Segundo o delegado Ênio de Oliveira Matos, da Delegacia de Homicídios, as circunstâncias que teriam provocado o desentendimento entre os envolvidos ainda estão sendo apuradas.
A superintendência da Polícia Federal de Florianópolis afirmou que os dois profissionais não estavam a serviço no momento do crime e que participavam de um curso em andamento na Capital.“Está sendo apurada a participação de outros dois indivíduos não localizados até o momento”, afirmou a PF.
A investigação está a cargo da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil, com apoio da Polícia Federal.
Adriano Antônio Soares, 47 anos
Atuava como chefe da Polícia Federal de Angra dos Reis desde 2009. Em janeiro deste ano, com o acidente aéreo que matou o ministro Teori Zavascki e mais quatro pessoas em Paraty (RJ), ele assumiu a investigação do caso. Na época, o delegado decretou sigilo sob a investigação. Soares era delegado da PF desde 1999.Em nota, a Polícia Federal afirma que Soares não comandava mais a investigação, que, agora, está sendo conduzida pela delegacia de Brasília. Na capital federal, há delegacias especializadas, e uma delas atende casos desse tipo.
Elias Escobar, 60 anos
Elias Escobar era chefe da Polícia Federal em Niterói até março deste ano. Antes disso, ele atuou em Volta Redonda, onde comandou diferentes operações. Em 2014, oito policiais civis acusados de envolvimento com tráfico de drogas e extorsão no sul fluminense, em Minas Gerais e em São Paulo foram alvo de investigação comandada por Escobar. No ano de 2013, quando assumiu a chefia em Volta Redonda, o delegado prometeu que iria combater as milícias na região. Durante os anos de 2009 a 2013 atuou na PF de Macaé