VOCÊ CONCORDA COM A COM COMEMORAÇÃO?
O Chamado golpe militar que desalojou o presidente João Goulart em março de 1964 vai ser comemorado a partir de agora através de decreto presidencial , entenda toda dinâmica, Golpe para uns, e plano para a redemocratização para outros.
O ato não foi um evento isolado na história política brasileira e mundial. Foi resultado de um processo de polarização interna, associado à polarização do sistema internacional. O antagonismo entre norte-americanos e soviéticos começou com a corrida nuclear no imediato pós- 2ª Guerra Mundial, aumentou com o bloqueio de Berlim por Josef Stalin em 1948, e ficou explícito na Guerra da Coreia no início dos anos 50. Todas as nações se viram obrigadas a um alinhamento que garantisse a defesa de seus interesses vitais. O Brasil enfrentou o mesmo desafio para definir o seu destino e concluiu seu alinhamento em 1964.
Entre 1955 e 1968, período da Guerra Fria marcado pela "coexistência pacífica" entre as duas superpotências, flexibilizou-se a ordem bipolar diante das evidências da capacidade destrutiva que carregavam as armas atômicas. As intensas transformações causadas pelo processo de descolonização, principalmente na África e Sudeste Asiático, multiplicaram o número de Estados soberanos, todos em busca de desenvolvimento e protagonismo nos organismos internacionais. Se as tensões da Guerra Fria se estabilizaram no período de coexistência pacífica, a guerra ideológica se aprofundou e marcou conflitos por todos os continentes. No Brasil não foi diferente. Clique aqui texto completo O Estadão
No início de 1964, a intenção de iniciar reformas de base por decreto ficou explícita no comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Bandeiras vermelhas e pedidos de reforma agrária em uma época em que o livro vermelho com os pensamentos de Mao Tsé-tung começava a ser distribuído internacionalmente dão uma ideia do temor que o comunismo despertava nos meios conservadores. A polarização internacional também estava presente no Brasil. E em 1964 veio a ruptura.
Revista Fórum - Fã do torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, o presidente Jair Bolsonaro (PSC), segundo apuração de Tânia Monteiro, para o Estado de S. Paulo, orientou que os quartéis comemorem o "aniversário" do golpe civil-militar de 1964 no dia 31 de março – "data histórica" atribuída pela narrativa militar, que marca a derrubada do presidente João Goulart e o início da "ditadura" que só chegou ao fim em 1985.
O certo é que neste período muita gente inocente acabou morrendo, sabe-se que o regime trouxe inúmeros benefícios para o Brasil, NO ENTANTO crimes brutais ocorreram, alem disso a liberdade de expressão foi amordaçada pelo sistema.
Talvez esse decreto possa ser uma espécie de magoa da Ex Presidente Dilma já que foi ela, que em 2011, indicou a suspensão de qualquer solenidade que marcasse o dia.
A retomada das celebrações do golpe oito ano depois mostra quem sabe um amargor do Nosso Presidente em Relação aos adversários.
Texto original Christian Lohbauer
Adaptação Auricelio Mauricio
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