Em respeito aos meus leitores, ouvintes e telespectadores, amigos, fontes, enfim, a todos que acompanham meu trabalho, comunico, oficialmente, que não tenho mais qualquer ligação com aRICTV Record. Através de um documento, enviado por cartório (veja abaixo o documento registrado no 3º Ofício de Títulos e Documentos) comuniquei o rompimento do contrato com a emissora. Eu vou explicar um pouco do bastidor dessa história.Assim que retornei de férias, em meados de janeiro, fui chamada para uma reunião com o então presidente da RIC no Paraná, Leonardo Petrelli. Ele, com todas as letras, me disse que nesse ano “especial” a RICTV Record havia optado por um outro tipo de jornalismo, mais “tranquilo”, ou seja, menos combativo, menos investigativo e que eu, nas palavras dele, era forte demais. Claro que eu, como colunista forte e independente nunca me encaixaria nesse tipo de jornalismo. Por tais razões fui afastada do ar, mesmo com meu contrato ainda em vigência. Perguntei claramente qual foi o acordo com a tropa de choque da política nativa já denunciada por essa colunista e que frequentemente tentava me pressionar através dos gestores pelo meu trabalho não só na TV como no meu blog e questionei quais denúncias influenciaram tal decisão “editorial” e disse ao presidente da RICTV Record algo que eu vivo diariamente e que move meu trabalho e minha postura profissional: “Eu sou águia e águia jamais será pato”.
Respeito e sempre respeitei a linha editorial de todos os veículos pelos quais passei e comandei, mas sempre defendi que “notícia é notícia”, que esquemas de corrupção, como por exemplo, são criminosos independente de qual governo ou partido protagonizem os fatos e com provas devem ser denunciados. É simples. Corrupção é corrupção independente de quem pratique, ilegalidade é ilegalidade independente da bandeira partidária. Sempre faço questão de obter o compromisso dos gestores dos grupos pelos quais passei de que esse lema será respeitado enquanto eu estiver em uma casa. Nem sempre a palavra vale quando os interesses maiores são outros além de fazer um bom jornalismo com credibilidade. Afrouxar o jornalismo num ano tão “especial”, leia-se eleitoral para mim como profissional seria vergonhoso. Não vou levar sobre mim essa vergonha.
Saio de cabeça erguida, espinha ereta e coração tranquilo.
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